Alguns comportamentos do seu filho podem ser bem chatinhos. Mas não é para irritá-la que ele derrama a comida ou atira longe um brinquedo. Veja o que fazer para acabar com isso.
Algumas atitudes chatinhas fazem parte do
desenvolvimento natural da criança. Entendê-las ajuda a lidar de modo
equilibrado com a situação, impondo limites na hora certa ou rindo
quando só o bom humor resolver.
Jogar objetos para você pegar
No cadeirão ou no berço, o bebê arremessa um brinquedo e olha com ar de
expectativa para que você o devolva. Assim que tem o objeto de volta,
joga-o para longe outra vez e assim sucessivamente. Por volta dos 8
meses, ele é capaz de se divertir por horas com essa brincadeira, mesmo
que a mãe esteja exausta de tanto pega-devolve. Segundo a pediatra Ana
Maria Escobar, seu filho não faz isso por birra, mas porque está
descobrindo que toda ação tem uma reação. A saída é deixá-lo se
divertir.
Cuspir e derramar comida
Se por algum motivo o bebê precisa receber papinha ou suco antes dos 6
meses - quando tradicionalmente inicia-se o desmame -, é provável que,
em vez de se deliciar com os novos sabores, ele cuspa para longe o
alimento. A reação não indica que ele detestou a iguaria, mas que ainda
não sabe engolir. Ao mamar no peito ou na mamadeira, a criança suga e
faz um movimento com a língua de cima para baixo a fim de conduzir o
leite. A deglutição de um alimento oferecido com colher, porém, obedece a
outro mecanismo, bem mais complexo. "Até que ela treine essa
musculatura e aprenda a comer, uma tática é introduzir a colher pelo
canto da boca - assim, não haverá o reflexo de jogar tudo fora com a
língua", aconselha Ana Maria. Após os 6 meses, mesmo que a criança
pareça não entender, comece a ensiná-la que é errado cuspir a comida ou
jogá-la no chão.
Bater na cabeça dos outros
A cena se repete em casa, com os irmãos e pais, e também na escola e no
parquinho, com outras crianças. Não fique constrangida nem imagine que
seu filho seja agressivo ou brigão. Nessa fase, a intenção dele é
brincar. "Ele não tem noção de que bater pode machucar ou desagradar
alguém. Alguns até riem. No entanto, é preciso educar e ensinar que isso
não é correto", diz Lucília. Mas não tenha grandes esperanças: ele
ainda irá repetir essas investidas por muito tempo e pode agir como se
estivesse ignorando as suas censuras. O importante é jamais perder a
paciência nem, em hipótese alguma, revidar com um tapa ou outra atitude
agressiva.
Repetir uma atividade várias vezes
Certo dia a pediatra Ana Maria recebeu a ligação de uma mãe, aflita,
perguntando se Branca de Neve viciava, pois o filho de 3 anos não parava
de assistir ao filme. Não é fácil repetir mil vezes o mesmo enredo, mas
não tem jeito. A repetição é um mecanismo de aprendizado e ajuda a
criança a antecipar acontecimentos. Por volta de 1 ano, os bebês já
gostam de repetir brincadeiras e histórias - quem nunca ouviu um "de
novo" de uma criança? Isso não significa que, paralelamente, você não
deva estimular novos interesses. Apenas respeite as repetições que seu
filho solicitar sem cair na tentação de contar a história de maneira
diferente.
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